Apesar de todos os esforços dos governos e das agências operacionais, e da contribuição das comunidades científicas e técnicas, o impacto dos incêndios florestais persiste e, pelo menos em algumas regiões, mesmo com uma tendência crescente. Os trágicos incêndios de Portugal em 2017 e da Grécia em 2018, com um número sem precedentes de vítimas mortais entre a população civil nos tempos modernos, chamam a nossa atenção para o facto de que o que está em jogo nos incêndios florestais não é apenas o ambiente natural, o clima, a paisagem, a economia ou a ecologia. Nestes e noutros episódios dos últimos anos, em todo o mundo, os incêndios florestais ameaçaram a segurança e o bem-estar das pessoas e mostraram como são capazes de destruir o maior valor que temos de proteger, o da vida humana.